Espelhos; contando nossa história
2017 - em processo
Considerando que as imagens podem criar verdades mediando valores culturais e que o olhar é uma construção aprendida e cultivada em um processo histórico, venho realizando pinturas murais dentro de escolas públicas e convidando outras artistas racializadas para também realizarem suas pinturas no ambiente escolar, com a intenção de desenvolver um pensamento visual crítico às narrativas hegemônicas e uma contribuição para a educação antirracista.
Acredito que cada pintura traz um pouco da história de sua autora. Traz um pouco de suas vivências, da percepção, interesses e formas de se relacionar com o mundo. Quem pinta, de alguma forma está também contando sua história. Cada história tem suas particularidades e se relaciona com a história de outras pessoas, seja por aproximação ou distanciamento, e assim pode também contar a história de grupos sociais e povos. Contar sua própria história como indígenas e negras, também é resistir diante do etnocídio e do genocídio impostos há séculos nessa invenção chamada Brasil.