Na sabedoria das encruzilhadas vive o imprevisível
Vivem todas as possibilidades
O que atravessa reinventa, entronca e altera pela soma
Toma por experiência sem ignorar ou negar
Passos dados não são substituíveis
O incrível em meio a encantos e segredos
Enredos e enleios no percurso, o curso dos saberes vivos
No confronto e no conflito...
Tudo é caminho
A boca que educa lentamente devorando
Da esquina do mundo, sem perguntas, cultiva a observação:
a parte que nos cabe na decisão
o que emancipa sem impor barganha
quem ganha na distância entre palavra e ação
O mergulho no espelho que gera cristas e ventres
Partilha sentidos com sugestão desalinha
Que a porta da casa tenha a fartura da cozinha.
Referências utilizadas para o texto:
Pedagogia das encruzilhadas, Luiz Rufino.
As vinte e uma faces de Exu na filosofia afrodescendente
da educação, Emanoel Luiz Roque Soares.
Mitologia dos Orixás, Reginaldo Prandi.